Páginas
tópicos
água
arte
arte urbana
árvores
As Aventuras de Ian
bambu
bicicleta
biochip
biodegradável
biodiversidade
bolas de pet
cactos e suculentas
café
casa
clima
clipping
coleta seletiva
compostagem
consumo consciente
convidados
cozinha
customização
decoração
design
ecovila
eletro-eletrônicos
embalagens
energia
espuma e isopor
eventos
extinção
fairy
festa
festa junina
filmes
floresta
Grupo Mobiliza
hidroponia
horta
infância
jardim
lâmpada
limpeza
livros
madeira
metal/lata
Mimirabolantes
mobilidade
moda
música
Natal
oceano
oleo
orgânico
papel e papelão
pinha
pique nique
plástico e pet
pneus
portfólio
praia
resiliência
retrô
Rio+20
rolhas
saúde
sebo
selinho
Simpsons
solidariedade
Star Wars
tecido
Teresópolis
terrários
tetra pak
tutorial
urso polar
Valéria Eco-Arte
velas
vídeo
vidro
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Sobre as festas infantis...
Marcadores:
As Aventuras de Ian,
festa,
infância,
portfólio
A Monique Mimirabolantes me enviou esse artigo (tirado do Diário de Pernambuco). Concordo e por isso mesmo tenho feito os aniversários do meu filho pensando diferente: uma festa infantil de temática personalizada e sustentável. Confira abaixo o texto do pediatra Fernando Azevedo.
“Eu daria tudo que tivesse, pra voltar aos tempos de criança" assim começa Ataulfo Alves sua magistral música, encerrando de forma mais bela ainda quando diz "eu era feliz e não sabia". Não é saudosismo, é que o tempo era melhor. Quem não se lembra das nossas festas de aniversário na infância, nos quintais de nossas casas, tendo como atração final o "quebra panela" com muitos confeitos na panela de barro embrulhada em papel celofane. Quem não marcou a cara do parente que em vez de nos dar um brinquedo nos presenteava com uma roupa. Qualquer brinquedo servia e nenhuma roupa prestava. Como era gostosa a alegria da meninada jogando bola, brincando de pega e voltando para casa imunda, direto para o chuveiro, e se em dias frios para o banho de cuia do caldeirão de água morna. Chuveiro elétrico? Pois sim! O bolo de aniversário era confeccionado em casa mesmo. Sempre em cada residência havia uma Zefa ou Maria com habilidades suficientes para fazê-lo. Às vezes umatia especialista. O convite era de boca e o aniversário não era temático. Felizmente não se conhecia Ben 10 e os nossos heróis se limitavam aos Gibis e seriados do cinema. Hoje em dia frequento aniversários dos meus netos e dos meus clientes que são umas festas rigorosamente iguais. Três mil bolas, cinco mil bolas, um animador que encontro em vários deles, o canto de parabéns agora com "mãozinha pra cima" e o intolerável "ei" após cada verso. Parabéns pra você "ei" nesta data querida. Fotógrafos, vídeos, bufês com mesas e cadeiras ocupando todo o espaço e brinquedos que rodam, viram de cabeça pra baixo, trenzinho que entra e sai na casa de festas, que jun to a uma música atordoante completam o cenário. Ah! Esqueci da piscina de bolinhas. Questiono se essas festas ficarão na lembrança das crianças, e não estarei mais por aqui para saber a resposta quando elas forem adultas.
Mas o que mais me impressiona e essa é a razão maior desses comentários é o espetáculo de destruição do cenário no fim da festa. De repente, e não mais que de repente aquelas bolas que no início da festa representavam em minha opinião uma obra de arte cuidadosamente preparada por uma enorme equipe de artesãos, passa a ser atacada com palitos que antes eram das coxinhas de galinha, e começa o pipoco geral. Elas são arrancadas das paredes e pisoteadas até serem completamente destroçadas. Parece-me um espetáculo de vandalismo explícito, não muito diferente no futuro de uma pixação ou da destruição de um monumento público. Por que não deixar a decoração como foi encontrada? Por que não dar as bolas para crianças pobres brincarem? Garanto que elas as guardariam com o maior zelo e chorariam de pena quando murchassem.
As festas infantis estão globalizadas. Proliferam bufês em todos os bairros pela falta dos velhos quintais e a impossibilidade de fazê-las dentro de apartamentos. "Ai que saudades que eu tenho da aurora da minha vida".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Oi!
Ainda à poucos dias fui a uma festinha de aniversário de uma menina de 2 anos e (para além de não ter decoração de menina, que triste...) o bolo de aniversário era de loja, igual a tantos outros.
Quando eu tinha festa de aniversário, pelo menos a minha mãe ou a minha madrinha faziam bolo caseiro e bom... e era só meu, não era igual ao de ninguém.
Agora parece que tem que ser tudo do mesmo molde, da mesma fábrica. Isso cansa, onde está a individualidade?
Gostei muito do texto, faz pensar...
Bjs
Adorei esse texto do pediatra e vem exatamente de encontro com oquesempre penso.beijos,chica
Quando recebi,confesso que fiquei contente por nunca ter feito uma festa assim para os meus filhos.......recebi este email de uma amiga que tbm faz o melhor em termo de criatividade e respeito aos filhos.......e tbm a natureza.....se pensarmos bem,olha o impato negativo ao meio ambiente qd vc faz uma festa tão exagerada !!!bjcas
A gente discutiu bastante essa questão, por conta do artigo, num grupo de discussão. Enfim, as casas de festas estão se tornando padrão, acho que está passando um pouco a "febre", embora as crianças gostem muito. Até hoje, só fiz festas em casa (minha mais velha está com 9 anos), e tem dado certo. Mas não pense que elas nunca me pediram festa em casa de festas...
Eu procurei um contato no blog para te escrever, mas não achei. (Tô cega?) Eu sou do Rio, mas moro em São José dos Campos, SP. Você conhece alguém daqui que faça um trabalho parecido com o teu?
Acho que o problema não é nem que a festa seja em uma casa de festas, mas a concepção e aspectos finais como os citados pelo Fernando. Me parece que falta um certo vínculo afetivo que torne a festa mais pessoal, expressiva, marcante...
Silvia, meu email é cidesign98@yahoo.com.br
Beijos,
Cris
Postar um comentário