terça-feira, 26 de novembro de 2013

Arte Core no MAM



 

 


Em outubro estive num evento de arte e cultura urbana no MAM, o Arte Core. No meio dos grafites e quadros expostos deu pra ver que esses artistas também reaproveitam materiais e os transformam em obras de arte.Tinha também um monte de meninas curtindo com bambolês. Eu mesma estou há algum tempo a procura de material pra fazer o meu, mas é muito difícil achar aqui no Rio.
Foi bem bacana!

Queimar lixo não é nada legal



Colocar fogo no lixo é uma prática muito comum por aqui. Essas fotos tirei na mesma rua, no mesmo dia. Notem que na primeira a pessoa colocou fogo no próprio quintal perto de uma janela. Fico impressionada com a ignorância, a falta de noção do prejuízo para a saúde de suas próprias famílias. Estão liberando gases tóxicos e contribuindo para a poluição do ar em nossa cidade como se não bastasse tanto monóxido de carbono. Certa vez uma mulher me disse que queimava as sacolas plásticas de mercado para não jogá-las no lixo achando que isso era bom para o meio ambiente. Pelo menos essa eu pude orientar a devolver nos postos de coleta do mercado. Por ai a gente vai vendo o quanto educação faz falta nesse país.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ninho


Minha mãe trouxe esse ninho lá de Teresópolis para o Ian levar pro colégio. Ele disse que foi um sucesso, que os amiguinhos até se "atropelaram" pra ver quando a professora pegou o ninho, rsrs. Crianças curtem essas coisas. Eu também. Agora tô pensando em coloca-lo em algum dos meus vasos de plantas para decorar (é tão lindo!) e quem sabe algum passarinho reaproveita ele, né?

Lá vem a festa do consumo, ops... o Natal

O pinheirinho que era da vovó.
A proximidade com o Natal expõe o quão doente anda nossa sociedade. Há 2 meses antes do Natal os jornais anunciam grandes vendas de produtos e decorações espetaculosas. Muita pompa e muito brilho nas vitrines e muita gente gastando o fruto de seu trabalho com bugigangas coloridas que vão decorar a casa esse fim de ano. Não quero julgar ninguém por que não tenho esse direito, mas queria entender como as pessoas têm tanto lugar em casa para guardar essas coisas o ano todo ou se jogam tudo no lixo para comprar tudo de novo no ano seguinte.

Não que eu não decore a casa com essas besteiras de Natal. Minha primeira árvore fui eu e meu marido que fizemos com pinhas e bambu que catamos no jardim quando morávamos em Teresópolis. Também fiz outras árvores com papelão de embalagens reaproveitadas que ficaram bem interessantes. Ano passado minha avó me deu sua antiga árvore plástica clássica que eu só aceitei porque o Ian queria uma "árvore de verdade" (desconfio que ela falou isso para ele, rs). A maioria dessas coisas eu uso mesmo por causa dele. Muitos dos enfeitinhos que ganhei eram da minha mãe ou da minha avó e da minha sogra e isso é coisa a beça. Tenho tudo guardado, nem queria tanta coisa, mas essa profusão histérica de elementos tem a ver com a filosofia consumista atingindo seu ápice nessa época. Da minha parte, a única coisa que gostaria de comprar são luzinhas de led para substituir os pisca-pisca.

Bom, ainda não decorei a casa (até por que ainda acho cedo), mas aproveito para deixar umas dicas que acho boas para o Natal mais humano e sustentável:
Reutilize enfeites de Natal antigos, eles podem inclusive ser reformados usando criatividade. Vale lembrar que é bom guardá-los com cuidado para poder usar sempre.
Também é super válido usar materiais recicláveis que você tem em casa para criar seus enfeites, como por exemplo as bolinhas de desodorante roll on que podem virar bolinhas de Natal para sua árvore.
Prefira luzinhas de led, elas duram mais e economizam energia. É bom desligá-las também quando não estiver ninguém presente na sala até para evitar acidentes.
Invista em presentes comprados em artesãos ou produtores locais.

Mini jardim de cactos e suculentas




Adoro cactos e suculentas. Esse vasinho de suculentas que montei há um tempão atrás estava bem maltratado. Dei um trato nele no fim de semana para relaxar. Primeiro fiz uma limpeza e depois acrescentei plantas que estavam em outros vasinhos e mais algumas pedras. Ficou bom, não foi?

Detalhe: essas suculentas "estreladas" eu ganhei da minha amiga Erica quando ainda estávamos no segundo grau (mais ou menos em 1993/4) e ela continua se espalhando e dando "filhotes" até hoje, tanto que vira e mexe redistribuo ela em outros vasinhos.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cor de rosa




Agora quando não tenho carona para buscar o Ian no colégio vou a pé. Não é o ideal durante o verão por causa do Sol de rachar e do risco que tenho de ter uma crise de enxaqueca. Mas é a pé que a gente consegue ver de mais perto certos detalhes como esse maravilhoso chão cor de rosa que os jambeiros do bairro proporcionam.

Meu primeiro acidente de bicicleta



No final do mês passado caímos de bicicleta no meio da rua. Estava voltando da escola com meu filho na garupa como de costume e, faltando uma quadra para chegar em casa, a manete do guidom rasgou fazendo com que eu perdesse o controle da bike e fôssemos direto ao chão/asfalto.
Uma coisa tão simples podia ter causado um estrago sem tamanho.
A maior parte do trajeto que fazemos é por ruas compartilhadas, mas na rua onde caímos (que é a mais movimentada de todas) tem uma ciclo-faixa. Nas ruas compartilhadas transitamos entre os carros e na ciclo-faixa há uma pequena pista destinada aos ciclistas junto à pista de automóveis.

Pois é, apesar do grande volume de ciclistas que circulam no bairro e da prefeitura do Rio declarar que esta é a capital da bicicleta, aqui não tem ciclovia (aquela faixa exclusiva e separada fisicamente da pista de automóveis). Isso é tão perigoso que a cada 100 metros encontramos placas de sinalização advertindo “PERIGO CARRO”. 


Quando caímos estávamos na ciclo-faixa, mas a bicicleta tombou na pista onde os carros avançam furiosos deixando meu filho exatamente na reta deles. Ele estava usando cinto de segurança e capacete e só ralou a mão. Eu levei uma pedalada na canela e fiquei com o pé machucado do impacto ao tentar segurar a bicicleta em pé. A mochila e pasta do colégio ficaram espalhadas na pista. Por sorte o carro que se aproximava vinha devagar, desviou de nós e do material e passou sem se importar com a mulher (eu) tentando levantar a criança e a bicicleta que haviam acabado de cair no chão, sequer sinalizou para o carro que vinha atrás. Uma menina que passava na calçada e um homem que estava conversando com os amigos na esquina vieram me ajudar a levantar e recolher o material.

A ciclofaixa onde a gente caiu: olha o perigo!!!
Fico assustada com a ignorância e insensibilidade dos motoristas em entender seu potencial assassino tendo o volante nas mãos e tantas obras intermináveis para construir mais autopistas que teoricamente devem melhorar a circulação na cidade e nenhuma ciclovia à vista.

Graças a Deus estamos bem, mas essa história podia ter sido bem pior. Desde então não usei mais a bicicleta, até porque quero trocá-la por uma mais confiável, mais forte, mesmo assim não vou mais expor meu filho eu a esse perigo, vou pedalar bem menos e sozinha. Eu que acreditava não precisar da carteira de motorista terei então que providenciar a minha logo enquanto sonho com países desenvolvidos onde a bicicleta é meio de transporte saudável, sustentável, seguro e possível. Uma tristeza.

***
Nesses tempos em quase nenhuma empresa respeita o consumidor posso disser que fico muito feliz em constatar uma diferente. A Bike Tech onde comprei a bicicleta tem me oferecido toda assistência. Tá de parabéns!

Dia de Zumbi e (des)igualdade social




Ontem foi o Dia da Consciência Negra, dia de Zumbi dos Palmares.
Em vez de reforçar o racismo/separação que a data implica, devia ser um dia para todos nós brasileiros celebrarmos nossa ancestralidade e pensarmos a liberdade, sonho pelo qual Zumbi lutou. Não somos livres ainda, estamos presos às correntes das desigualdades sociais. A igualdade deve ser a nova luta.
Cor da pele não é raça!!! Minha raça é a humana. Minha pele é colorida e mesmo isso (ser tatuada) implica em preconceito, mas o que realmente importa é que sou brasileira e sei que descendo de negros africanos escravizados, tanto quanto dos índios que eram donos dessa terra e dos europeus que colonizaram esse país. Chega de preconceito!

Esse trabalho maravilhoso de uma professora para acabar com preconceito em sua comunidade e vale MUITO a pena ver!


Essa entrevista com Helio de La Peña também é muito legal (mais ou menos aos 20min do video) e tem a ver com a declaração do Morgan Freeman e com o que penso também: